Imagine encarar os mistérios, animais selvagens, calor, umidade, mosquitos e todos os demais riscos das selvas africanas nos longínquos anos de 1930 e 1940. Para o explorador italiano Attilio Gatti, um aventureiro, cineasta, escritor e rádio-amador que comandou mais de 10 expedições para o continente africano antes de 1945, esta tarefa foi facilitada(?) graças aos inusitados veículos com os quais ele viajou. Gigantescos híbridos de caminhões e trailers criados pelo designer Alexis de Sakhnoffsky e produzidos pela International Harvester Company, uma das patrocinadoras das expedições, os “Jungle Yatchs“, no mínimo, chamavam a atenção.
Cada monstrengo de quase 13,5 metros de comprimento e 9 toneladas de peso era puro luxo e conforto. Equipados com energia elétrica, ar-condicionado, mesas de trabalho, bar, laboratório fotográfico, estação de rádio-amador, gerador (óbvio), além de cômodos completos como os de uma casa. Estacionados em conjunto, eles criavam uma espécie de quartel-general onde podiam fazer pesquisas e trabalhar com tranquilidade que era garantida inclusive à noite, quando um cabo eletrificado ao redor dos veículos evitava a aproximação de animais selvagens.
Usados em duas grandes expedições, os “Jungle Yatchs” devem ter sido realmente bastante úteis aos intrépidos aventureiros, mas cá entre nós: como alguém conseguia dirigir e manobrar estes monstros selva adentro eu não faço a menor ideia. Outra coisa que não eu sei foi que fim levaram estes bizarros veículos, mas o projeto pelo jeito não “foi pra frente”. “Exploradoramente legaus”!
